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Dor nas costas: como se livrar desse problema?


Aprenda como se livrar dessa doença com medidas simples e evitar a progressão para a forma crônica. Saiba ainda quais são suas causas e as suas complicações.

 

Segundo a World Health Organization (WHO) cerca de 80% da população tem ou terá em algum momento da vida dor lombar. No Brasil, 50 milhões de brasileiros por ano apresentam tal queixa.

Os quadro de dores na região lombar são chamado de lombalgia (ou dor lombar baixa, do inglês low back pain). As lombalgias podem ser associadas ou não a dores ciáticas que são dores irradiadas para glúteo, coxa, perna e/ou pé e recebem a alcunha de lombociatalgia.

Os sinais e sintomas da lombalgia vão desde ligeiros desconfortos, dores, queimações, crises com “travamentos” e até incapacidade de ficar com o corpo ereto para caminhar ou manter-se em pé.


 

Quais os tipos de lombalgia?

As lombalgias podem ser dividas quanto a duração em:

  • Aguda: até sete dias;

  • Subaguda: de sete dias até três meses;

  • Crônica: quando os sintomas duram mais de três meses.

As lombalgias agudas não estão relacionadas a nenhum fator definido e geralmente ocorrem após um esforço físico excessivo levando o paciente a sentir uma sensação de “travar a coluna”.

Cerca de 90% dos pacientes com dor lombar aguda apresentam melhora da dor em 4 semanas e apenas 2-7% evoluirão para sua forma crônica.

A dor crônica ocorre em qualquer idade e em aproximadamente 75-85% dos pacientes que se afastam do trabalho ela se torna recorrente.​


 

Quais as causas da dor lombar?


As lombalgias e lombociatalgias podem ser primárias (intrínsecas ao individuo) ou secundárias (em decorrência a alguma doença), estando ou não associada a algum envolvimento neurológico.


Quanto as causas são classificadas em:


  • Mecânico-degenerativas; é o tipo mais freqüentes e é causada por alterações das estruturas anatômicas (corpos vertebrais, facetas articulares; disco intervertebrais; músculos e ligamentos), desvios biomecânicos (escoliose) e distúrbios vasculares do segmento lombar, ou na interação destes três fatores.

  • Não mecânicas localizadas: por doenças inflamatórias (espondilite anquilosante, síndrome de Reiter, espondilite psoriásica e as espondiloartropatias), infecciosas (Espondilodiscites infecciosas), e metabólicas (Osteoporose, osteomalácia e hiperparatireoidismo);

  • Psicossomáticas; Causas emocionais que podem levar à lombalgia ou agravar outras causas já existentes.

  • Como repercussão de doenças sistêmicas: a fibromialgia e a síndrome miofascial.​


 

Como tratar a dor lombar?


Uma abordagem terapêutica correta da lombalgia aguda com a combinação de tratamento conservador, "escolas de coluna", orientação ergonômica e fisioterápica é capaz de influenciar sua evolução evitando a cronicidade. Por isso aos primeiros sintomas procure seu médico ortopedista.



Tratamento conservador



REPOUSO:

  • Posição: deitado de costas, joelhos fletidos e pés apoiados sobre o leito e/ou com flexão das pernas num ângulo de 90° com as coxas e destas com a bacia (conforme a figura abaixo);

  • Objetivo: retificar a coluna lombar (posição de Zassirchon);

  • Duração: em média 3 a 4 dias, máximo 5 a 6 dias, não deve ser prolongado, pois a inatividade tem ação deletéria sobre o parelho locomotor. O retorno às atividades habituais deve ser feito o mais rápido possível.

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MEDICAMENTOS:

  • Anti-inflamatórios Não Hormonais (AINH): São utilizados freqüentemente, pois apresentam efeitos analgésicos, anti-inflamatórios e antipiréticos associados;

  • Analgésicos Não Opióides: como a dipirona e o paracetamol muito utilizado nos casos leves ou associados aos AINH;

  • Relaxantes Musculares: Podem ser associados aos AINHs mostrando melhor resultado do que quando usados isoladamente.

  • Antidepressivos: Indicados nas lombalgias crônicas com componente psicossomático e nas fibromialgias;

  • Analgésicos Opióides: Usados em lombalgia aguda intensa e lombociatalgia por hérnias discais resistentes a outros analgésicos,

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INFILTRAÇÃO:

  • Apenas as infiltrações epidurais com glicocorticoides, anestésicos e opioides podem ser utilizadas nos casos de lombociatalgia aguda após falha com o tratamento medicamentoso e medidas físicas. Deve ser feita por especialistas experientes e se possível com fluoroscopia.



REABILITAÇÃO E PREVENÇÃO DE NOVAS CRISES:

  • Deve ser baseada em seis pilares:

  1. Controle da dor e do processo inflamatório - com gelo, fisioterapia, massagens e acupuntura;

  2. Alongamento - Restauração da amplitude dos movimentos articulares e alongamento dos tecidos moles;

  3. Melhora da força e resistência musculares - Exercícios de treinamento para melhorar e fortalecer a estrutura musculoligamentar, buscando minimizar o risco de lesão das estruturas envolvidas na dor (disco intervertebral, articulações interfacetárias e estruturas ligamentares). Iniciar com exercícios isométricos (contra resistência sem movimento) e a seguir exercícios isotônicos (com movimentos de flexão e extensão);

  4. Coordenação motora - Exercícios dinâmicos com atividade coordenada de grupos musculares que proporcionam o controle da postura e da função muscular com estabilidade da coluna.

  5. Melhora do condicionamento físico - Através de programas de caminhada, atividades aquáticas, bicicleta ou esteira pode-se aumentar os níveis de endorfina, promovendo sensação de bem-estar e diminuição da percepção dolorosa.

  6. Manutenção de programas de exercícios - Prática de exercícios em casa que devem ser programados de acordo com a tolerabilidade e habilidade do paciente


Tratamento cirúrgico:

O tratamento cirúrgico é de exceção nas lombalgias, indicado apenas em casos selecionados, refratários ao tratamento conservador, pois apenas uma pequena parcela dos pacientes irá se beneficiar da cirurgia.

  • Lombalgia mecânica: é indicado apenas nos casos resistentes ao tratamento conservador com evolução atípica, podendo ser feitas infiltrações nas discopatias, dos pontos dolorosos e perifacetárias além de denervação facetária e artrodese do segmento vertebral (retirada da hernia e fixação com implantes);

  • Hérnias discais: é indicado nos casos de déficit neurológico (perda de força e dormências) grave agudo com ou sem dor, nas lombociatalgias de difícil controle álgico após três meses de tratamento conservador.

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Para maiores informações e esclarecimentos procure seu médico ortopedista.

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